

I SIMPÓSIO DESPOLUIÇÃO DO RIO MACACU
“Dinâmicas de ocupação na bacia do Rio Macacu:
trajetórias e perspectivas"



FAMÍLIA E INTERESSES MATRIMONIAIS NA FREGUESIA NOSSA SENHORA DAS NEVES, NO SERTÃO DO RIO MACAÉ
Nas últimas décadas, o estudo sobre família tem atraído a atenção de vários pesquisadores de diferentes áreas. Historiadores, antropólogos, cientistas sociais, advogados, etc., cada qual ao seu modo buscam entender a constituição familiar utilizando de um conhecimento mais específico. Em relação a história, observamos um crescimento originário de diversos encontros e publicações que coloca o estudo da família no mais alto patamar do debate. Porém, é necessário aprofundar nesse entendimento, pois a formação social brasileira é heterogênea e ainda carrega a marca da escravidão. A fim de contribuir para o debate, a pesquisa proposta tem o objetivo de analisar o perfil familiar e os interesses matrimoniais para toda população na freguesia de Nossa Senhora das Neves, no sertão do rio Macaé, nos anos de 1808 a 1888, numa região carente de pesquisa histórica. Para tanto, usaremos dos registros paroquiais de batismos e casamentos que serão cotejados com outras fontes canônicas e cartoriais, como os inventários post-mortem, testamentos, dispensas matrimoniais e jornais da época.
Bolsa Jovem Cientista Faperj

ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DAS SOCIEDADES ESCRAVISTAS
O presente projeto busca inventariar e refletir sobre as repercussões sociais dos aspectos econômicos das sociedades marcadas pelo uso de mão de obra compulsória, especificadamente a escravidão. Este projeto parte da necessidade de apurar as hipóteses que se levantam a partir dos recentes estudos sobre a articulação dos escravos e a sua relação com os diversos agentes sociais presentes na sociedade como um todo e com a política senhorial. Aprofundar-se-á a compreensão das regras da política cotidiana envolvidas nas atividades econômicas e sociais, por vezes tácitas e por isso mesmo de difícil detecção, que regiam as sociedades escravistas. Sob este mesmo enfoque, argumenta-se que, tanto cativos quanto senhores - membros de grupos opostos pelo vértice da propriedade destes sobre aqueles - eram lançados em busca da concretização de seus interesses e limitados pelas contingências da existência social.

SOCIEDADE, MOVIMENTO ECONÔMICO E FAMILIAR: A ZONA DA MATA MINEIRA E O SEU ENTORNO (SÉCULOS XVIII, XIX E INÍCIO DO XX)
Submetida ao processo de ocupação tardiamente se comparada às áreas de mineração, a Zona da Mata mineira abrirá suas fronteiras somente em finais do século XVIII a partir do estímulo da Coroa. Por mais de um século a região permaneceria com uma vegetação quase que intocável e habitada por índios em seu estado natural. Porém, com a abertura do Caminho Novo novos negociantes chegaram à região, o que permitiu agregar um volume considerável de escravos, uma produção agrícola considerável e uma grande produção cafeeira. A fim de entender esse movimento econômico e familiar que modificou sobremaneira o perfil da região, esse projeto visa agregar trabalhos que tenha como foco a Zona da Mata mineira e seu entorno como objeto de análise e que estejam voltados para o entendimento econômico e social. Serão bem vindos trabalhos que abordem o perfil agrário de forma geral, a composição familiar e as redes de sociabilidades.

COMPANHIA DE JESUS, SOCIEDADE E TRÂNSITOS NA AMÉRICA PORTUGUESA, SÉCULOS XVI-XVIII
Este projeto de pesquisa tem como objetivo principal analisar a presença da Companhia de Jesus na América Portuguesa entre os séculos XVI e XVIII. Além disso, busca congregar diferentes pesquisas desenvolvidas pelos discentes do PPGH acerca desses religiosos, fornecendo aportes teóricos e metodológicos.

SERTÃO DO MACACU - CAPITANIA DO RIO DE JANEIRO - SÉCULO XVIII
O Sertão do Macacu, região localizada entre os rios Macacu e Paraíba do Sul, na capitania do Rio de Janeiro, Século XVIII e XIX, abrange atualmente vários municípios da região fluminense. Sua ocupação deu-se na esteira da penetração e ocupação do hinterland da Baía da Guanabara. Os Sertões do Macacu são conhecidos pelo fato de terem, no século XVIII, representado a possibilidade de extração de ouro, já no interior da crise de exploração aurífera mineira. Ficaram famosos pela presença nesse espaço do contrabandista Manuel Henriques, conhecido pela alcunha de Mão de Luva. Contudo, um levantamento mais acurado de fontes, e a contribuição de outras produções historiográficas da região, propiciará ao aprofundamento de pesquisas acerca desse espaço colonial, buscando-se outras formas de relações presentes, tais como a ação do Estado luso na coibição do contrabando, as medidas de ocupação de regiões então consideradas "selvagens" como os sertões, as relações sociais entre indígenas, quilombolas, agentes do Estado e desbravadores. O Projeto tem como objetivo buscar a ampliação das pesquisas dessa região, de significado para estudos em História Regional, Econômica, do Poder, Administrativa e Social do período colonial, bem como os trânsitos de cultura e história das mestiçagens presentes nesses Sertões..